A volta para o Brasil foi bem conturbada, além de voltarmos tristes, meio desanimados, quase perdemos o voo em Madrid (rsrsrs). Dublin deu muito certo para nós, conhecemos brasileiros que não se adaptaram, não conseguiram emprego, não gostaram do frio, mas para nós tudo foi ótimo. Um pouco de dificuldade no início com a língua, o emprego, a saudade dos amigos e dos pais. Depois foi maravilhoso. Eu sempre digo que somos capazes de viver e acostumarmos com qualquer tipo de situação, por exemplo: no Brasil sempre andei de carro, em Dublin andava de bike sem problema algum, pelo contrário, cansei de me pegar rindo sozinho quando pedalava parecendo não acreditar que eu tinha conseguido e que meu sonho tinha se tornado realidade, que o guri sem o "tão sonhado" curso superior foi capaz de ir embora do Brasil e conseguir um emprego, sem ajuda de ninguém. Eu apenas trabalhei para isso, e fiz dar certo.
A sensação de voltar para o Brasil foi
muito estranha para nós, porque queríamos muito ficar, mas ao mesmo tempo
queríamos voltar. Voltar pela saudade da família e dos amigos, pela faculdade
da Fran, enfim, inúmeros motivos dividiam nosso coração entre ficar e voltar
para o Brasil. Hoje entendo o que me diziam os intercambistas naquela época e
hoje eu digo para quem ainda não teve essa experiência: a partir do momento que
se conhece os dois lados nunca mais será feliz por completo. Essa é a maior
verdade, porque ao mesmo tempo que é ótimo estar perto dos amigos e da família,
a falta da ilha esmeralda é enorme. Sentimos tanta falta que nossa volta pra
Dublin nunca foi descartada por completo, estamos estáveis no momento, mas o
futuro a Deus pertence.
Desde que voltamos tudo passou muito
rápido, acreditem, o tempo passa voando. Agora a nossa vida tem seguido um curso
normal, a Fran voltou para a faculdade e para o emprego antigo. Eu, fiquei
menos de 1 mês parado e então, já estava trabalhando. Tentei usar o inglês
procurando emprego em hotéis, porém não fui valorizado e acabei deixando de
lado. Hoje trabalho como vendedor externo, serviço que não cansa fisicamente
mas tem muito desgaste mental. Ambos retomamos os estudos com o professor de
inglês (mas já tem um tempo que paramos) e acabamos ocupando nosso tempo entre
família, amigos, passeios, leituras sobre nossa querida (e não esquecida)
Dublin, visita aos nossos amigos dublineres (o Rafa e Lisa) e assim vamos levando...
Para voltarmos pra Dublin é muito fácil,
depende apenas de nós, por enquanto estamos sossegados. A Fran ainda tem 3
meses de faculdade, mas depois não sabemos o que pode acontecer, as vezes bate
uma depressão e da vontade de largar tudo, comprar outro curso de inglês, os
tickets e voltar pra Dublin... enquanto estávamos lá, recebi a proposta de
aumento de salário para ficar, porém resolvi voltar, mas, deixei as portas bem
abertas.
Obrigado a todos por acompanharem nosso
blog......
Luciano Hoffmann
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