28 outubro 2015

Porque trabalhar em subempregos?

Porque trabalhar em subempregos?
Na primeira vez quando decidi fazer o intercâmbio, a pergunta que eu mais ouvia era: "E tu vai trabalhar no que?" e essa continua sendo a pergunta que mais escuto quando digo que estou indo pela segunda vez. A reação das pessoas em relação à minha resposta continua a mesma além da cara de espanto acompanhada da pergunta "mas tu já é formada aqui no Brasil e vai trabalhar como babá? Vale a pena?". Não é nada incomum ouvir isso e aposto que muitos já ouviram a mesma pergunta e eu sempre respondo que sim, que vale a pena.
A primeira coisa que temos que entender é que, qualquer trabalho realizado na Irlanda e até em outros países da Europa você será valorizado e bem remunerado, diferente do que acontece aqui no Brasil. Você pode ser cleaner (faxineiro), garçom, camareira, entregador de jornal, au pair, nanny, kitchen porter ou ter qualquer outra função que você terá condições de se sustentar e ter uma qualidade de vida boa.
É muito difícil você vir pra cá e conseguir um emprego na sua área de atuação. Não digo que é impossível, mas é muito difícil, a não ser, claro, que você tenha um ótimo nível de inglês e já tenha sua graduação reconhecida aqui, o que se sabe que não é a realidade da maioria.
Na Irlanda, um estudante que trabalhe 20 horas semanais em um subemprego (faxineiro, porteiro, au pair) consegue, além de pagar o aluguel, alimentar-se bem, vestir-se bem (às vezes com produtos de marcas que você jamais compraria no Brasil), viajar para vários países (sem muito luxo), ter produtos eletrônicos de qualidade. Essa vantagem pode ser ainda maior para quem trabalha como au pair live in, ou seja, mora e se alimenta no local de trabalho e ainda, recebe salário.
Para ilustrar esse post, posso usar a minha história e a do Lu como exemplo. Quando chegamos em Dublin o nosso inglês não era tão bom, o que não nos permitia arrumar um emprego dos sonhos. Eu comecei trabalhando como cleaner, na casa de dois irlandeses,  o que me proporcionou o contato com o inglês, além de ganhar duas referências de emprego de brinde, o que me ajudou muito arrumar meu emprego de au pair, onde trabalhei e morei com a família por 8 meses, tendo uma evolução fantástica no inglês, muito contato com a cultura irlandesa, além de ter um salário muito bom. Já o Lu, começou  trabalhando em uma lavagem de carros de uns indianos, o que proporcionou a ele também um contato com o inglês, o que mais tarde o ajudou a conseguir emprego no hotel como housekeeping e kitchen porter. Era o empego dos nossos sonhos? Era melhor do que os empregos que tínhamos no Brasil? Não, com certeza não, mas foi graças a esses empregos que conseguimos realizar nosso sonho, pagamos aluguel, comemos muito bem, viajamos muito (visitamos 13 cidades diferentes) e conseguimos recuperar boa parte do nosso investimento inicial.
Para quem não conhece essa realidade é inevitável que nós brasileiros tenhamos uma visão de subempregos, pois no Brasil uma babá ou faxineira trabalha muito e recebe muito pouco, e para ter uma qualidade mínima de vida tem que trabalhar muito. aqui todo trabalho é valorizado e bem remunerado.
Quando se faz um intercâmbio, choques ou diferenças culturais são inevitáveis. Coisas que são normais para nós são estranhas aos olhos estrangeiros e vice-versa.
Então para quem está vindo para Irlanda, venha com a mente aberta, sem receio de ter que se submeter a um emprego, esqueçam esse tipo de pensamento e aproveitem o que o intercâmbio tem de melhor.
E então, você está preparado para aceitar a trabalhar em áreas inferiores da que você está acostumado?

26 outubro 2015

Cidadania Italiana - Parte III - Documentos necessários

Cidadania Italiana - Parte III - Documentos necessários
Quando se fala em reconhecimento da cidadania italiana, o primeiro passo é se certificar se você tem direito a cidadania, pesquisando sobre a sua descendência, como falei no post anterior (veja aqui). Acho que por um pouco de sorte, há muitos anos atrás, eu pesquisei no nosso querido amigo Google: árvore genealógica família Baldissera e como que em um passe de mágica achei a minha árvore genealógica pronta no site da família (que eu nem sabia que existia.... kkkk). Na época não tinha intenção de usar, mas mesmo assim decidi guardar e apesar de não ter todas as informações e algumas estarem incorretas me ajudou muito. Já o Lu, teve a sorte de ter um parente que já havia conseguido a cidadania e então passou várias informações importantes.
Quem não tem informações sobre seus antepassados é legal começar montando uma árvore genealógica, isso você consegue conversando com as pessoas mais velhas da sua família. Tendo essa árvore feita você estará organizado e com muitas informações em mãos para buscas as certidões. Se mesmo assim, você não conseguir descobrir tudo, não tem problema, pois a medida que você consegue as certidões você vai preenchendo o que falta.
E como se faz a busca nos cartórios? Bom, esse é um processo que vai variar muito com cada cartório. Mas basicamente, você sabendo em qual cidade provavelmente estão as certidões dos seus antepassados já é um bom caminho andado. Faça busca pelos cartórios no Google e com o número de telefone em mãos ligue diretamente para o cartório para pedir as informações, pois durante as nossas buscas cruzamos com várias burocracias diferentes. Alguns cartórios cobram pela busca, outros não, alguns exigem que o pedido seja feito por carta, porém a grande maioria aceita pedidos por email (o que facilita muito a nossa vida). O valor do serviço também varia de cartório para cartório (vou fazer um post especifico sobre os custos).
E quais certidões que eu preciso? Você vai precisar da certidão de nascimento, casamento e óbito de todos os seus familiares que fazem parte da linha de transmissão. Para ficar mais claro, utilizo meu caso como exemplo: quem veio da Itália foi meu bisavô. Então vamos lá: Bisavô Italiano (já crie como hábito chamar de antenato italiano) - nasceu na Itália, casou e faleceu no Brasil. Certidões necessárias:
... Certidão de nascimento (estratto dell'atto di nascita) ou certidão de batismo - Itália
... Certidão de casamento - Brasil
... Certidão de óbito - Brasil
... Certidão negativa de naturalização (falarei mais em outro post).

Avô (filho do antenato italiano) - Nasceu, casou e faleceu no Brasil. Certidões necessárias:
... Certidão de nascimento - Brasil
... Certidão de casamento - Brasil
... Certidão de óbito - Brasil

Pai (neto do antenato italiano) - Nasceu, casou e se separou no Brasil. Nota-se que meu pai e minha mãe não são casados legalmente.
... Certidão de nascimento - Brasil
... Certidão de casamento - Brasil
... Certidão de separação - Brasil

Eu (bisneta do antenado italiano) - Nascida no Brasil.
... Certidão de nascimento.
... Escritura pública de reconhecimento de maternidade (por meus pais não serem casados e por somete meu pai aparecer como declarante na minha certidão de nascimento é necessário que minha mãe faça uma escritura pública de reconhecimento de maternidade (Falarei mais a respeito em um outro post).

No total, para mim são doze certidões. Lembre-se que todas devem estar em Inteiro Teor (certifique-se que esteja escrito isso nas certidões, alguns consulados podem complicar).
É importante lembrar que você não precisa necessariamente ter o sobrenome italiano em seu nome completo pois o direito da cidadania é passado pelo sangue.
Conseguir e organizar todos esses documentos é só o primeiro passo de uma longa caminhada.
Até o próximo!

25 outubro 2015

Cidadania Italiana - Parte II - O direito a cidadania

Cidadania Italiana - Parte II - O direito a cidadania
Antes de  começar as buscas, de organizar os documentos e a gastar dinheiro é de extrema importância você saber se realmente possui ou não o direito à cidadania italiana, pois se não, tudo pode ser em vão.
Como falei no post anterior (veja aqui), a Itália é um dos países que reconhecem a cidadania pelo conceito de jus sanguini, ou seja, o direito de sangue. Possuem o direito a cidadania italiana todos os descentes italianos sem limites de gerações, considerando a linha de descendência sempre e somente formada por homens. Exemplo: bisavô, avô, pai e você (homem ou mulher). Assim, não existe problema nenhum e o direito está garantido.
A esta altura eu estou imaginando que você está totalmente apavorado por saber que na sua linha de transmissão possui uma mulher e deve estar meu Deus, agora se foi o boi com as cordas (rsrsrs)!
Calma..... nesses casos a linha de transmissão deve ser analisada com mais cuidado. Mas não é nada complicado.... então vamos entender: basicamente, existia uma lei que dizia que se a mulher teve um filho antes de 1948 ela não passa o direito de transmissão da cidadania italiana, isto porque as mulheres não possuíam os mesmos direitos que os homens. Agora, se o filho dessa mulher nasceu depois de 1948 então esse tem o direito. Vamos ver um exemplo para ficar mais fácil:

Bisavô, AVÓ, pai/mãe e você.
Portanto, se seu pai nasceu antes de 1948 você não tem direito a cidadania, mas se ele nasceu depois então ele tem direito a cidadania. Isso acontece, pois foi somente depois de 1948 que as mulheres adquiriram o direito de passar a cidadania italiana para seus filhos.
Se o seu caso é que não transmite a cidadania, atualmente existem outras formas de resolver o problema com uma ação na justiça. Para saber mais clique aqui.

Então, se você verificou que tem direito a cidadania italiana, mãos à obra e boa sorte!

Até o próximo post.
See ya!

Fonte: O texto escrito foi baseado em dois manuais:
... Como se tornar um cidadão europeu, escrito por Giuseppe Buonagente, disponível para compra no site.
... Saga Book - disponível através do site Minha Saga.

15 outubro 2015

Porque fazer intercâmbio na Irlanda?

Você decidiu que vai fazer um intercâmbio e está em dúvida qual país escolher. Ai você se pergunta: - "Porque a Irlanda?".
Eu sei que sou suspeitíssima para falar sobre o porque escolher a Irlanda, pois viver nesse país, conhecer a cultura e as paisagens maravilhosas, além de ter tido contato com esse povo encantador foi uma das experiências mais incríveis da minha vida. Mas mesmo assim, listo abaixo alguns dos motivos que fazem a Irlanda um belo país de destino:
  • O inglês é uma das línguas oficiais da Irlanda e é a língua mais falada no país.
  • A Irlanda é tradicionalmente conhecida por sua qualidade em educação pelo seu compromisso com a excelência no ensino. Recebe alunos internacionais em diversas instituições como universidades, faculdades e escolas de língua inglesa. Atualmente, a Irlanda possui cerca de 40 instituições de nível superior que atendem a 190 mil pessoas de mais de 40 diferentes nacionalidades.
  • O custo de vida se tornou mais barato após a crise, especialmente os aluguéis.
  • Diferente do que acontece em outros países, como Estados Unidos e o Reino Unido, A Irlanda permite que estudantes trabalhem legalmente enquanto estudam e o processo é bem menos burocrático.
  • Os cursos de inglês na ilha esmeralda são bem mais baratos em que outros destinos.
  • Irlanda é quase definição de cultura. É o berço de alguns dos maiores autores da literatura mundial, como Oscar Wilde e James Joyce. Além dos vencedores do prêmio Nobel de Literatura, o Samuel Beckett, Bernard Shaw, Wiliam Butler Yeats e Seamus Heaney. Dublin é intitulada a Cidade da Literatura pela Unesco.
  • A população irlandês é jovem, alegre e dinâmica. Pesquisas apontam que o irlandês é um dos povos mais simpáticos e hospitaleiros do mundo.
  • 40% dos habitantes da Irlanda tem menos de 25 anos.
  • A Irlanda é um dos países mais seguros do mundo para se morar, sendo listada como o 13º país no Índice da Paz Global de 2014. Na Irlanda nem a policia anda armada. Casos de homicídios são raros. em 2014, foram registrados 80 homicídios, entre eles: assassinatos, homicídios sem intenção de matar e condução perigosa com morte de terceiros. mas como em qualquer lugar do mundo, você deve ficar atento, pois pequenos furtos acontecem.
Mapa mundial do Índice Global da Paz de 2014. Dado que os países mais verdes são classificados como os mais pacíficos e os países que aparecem mais vermelhos são classificados como os menos pacíficos.
  •  A economia irlandesa conta com empresas multinacionais conhecidas em todo o mundo como Paypal, Google, Microsoft, Linkedln, Intel, Wyeth, entre outras.
  • A Irlanda oferece aos alunos internacionais a oportunidade de trabalhar 20 horas por semana durante o período letivo (6 meses) e 40 horas semanais fora dele (2 meses - conforme nova legislação que ainda não entrou em vigor - Leia mais aqui e aqui).
  • A Irlanda é sede de uma das companhias aéreas de baixo custo, a Ryanair e por ser próxima do Reino Unido e da Europa continental pode-se fazer grandes viagens por preços acessíveis.
  • O povo irlandês gosta de conversar e ajudar. se você estiver perdido, com um mapa da mão, com certeza alguém vai parar para te dar informação, você nem precisa pedir.
  • O transporte público funciona, seja ônibus, o Dart ou o Luas. Não há engarrafamentos. 
  • E por fim, mas o não menos importante, o ar que se respira aqui é mas limpo. Existem paisagens maravilhosas, ótimas para passeios ou praticar atividades ao ar livre. O que justifica a melhor qualidade de vida que eu sempre falo.....
Estes são apenas alguns dos pontos do porque fazer seu intercâmbio na Irlanda. E aí, gostou?

14 outubro 2015

Cidadania Italiana: Parte I - O começo

Cidadania Italiana: Parte I - O começo
Ciao a tutti!
Bem-vindos a nova série do Blog!!
Desde o momento que nós decidimos voltar para o Brasil tínhamos certeza que nossa volta não seria definitiva e que não ficaríamos muito tempo em terras tupiniquins. E foi isso mesmo que aconteceu. Ontem, 13 de outubro, completou 2 anos e 2 meses da nossa volta e já estamos com a coceirinha na mão para voltar para Dublin.
Nosso planejamento para ir novamente embora do Brasil não começou agra e a um bom tempo estamos avaliando qual a melhor maneira de entrar na Irlanda, se com visto de estudante, de trabalho ou a cidadania italiana. Por fim, optamos pela cidadania italiana, o que nos obriga em um primeiro momento ir direto para a Itália para fazer o reconhecimento da dupla-cidadania e somente depois ir para Dublin.
E então, assim começou nossa saga em busca do reconhecimento da cidadania italiana.
Para situar um pouco os leitores do blog que ainda não tem muito contato com esse processo todo, achamos legal esclarecer que:
A Itália é um dos países que reconhecem a cidadania pelo conceito de jus sanguini, ou seja, o direito de sangue. Isso significa que brasileiros que tenham descendência italiana podem requerer pela dupla-cidadania, independente se são filhos, netos, bisnetos ou mesmo tataranetos de italianos.
Mas e porque requerer a dupla-cidadania?
Possuir a cidadania italiana possibilita desfrutar de uma série de vantagens:
  • Possuir transito livre em qualquer país que faça parte da Comunidade Europeia, além disso, o cidadão europeu tem facilidades para viajar para os Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão. Ter a cidadania italiana elimina a necessidade de precisar passar por longos procedimentos nas alfândegas e consulados.
  • Tem-se o direito de trabalhar em qualquer país da Comunidade Europeia.
  • Possuir a cidadania italiana lhe dará a oportunidade de estudar em qualquer país da Europa. Em muitos lugares, ser cidadão europeu é fator determinante para desfrutar de bolsas de estudos.
  • Direito de se aposentar pela Europa, recebendo sua aposentadoria em euros.
  • Ter o passaporte europeu lhe dará a vantagem de ficar em filas especiais nos aeroportos, viajar com tranquilidade e rapidez entre aeroportos de todo o mundo.
  • Transmitir aos filhos e netos, independente do local de nascimento a cidadania italiana e todo os seus direitos.
Essas são algumas das vantagens e claro, cada um que busca o reconhecimento da dupla-cidadania um objetivo. O nosso é poder morar legalmente na Europa, no momento, mais precisamente em Dublin.

13 outubro 2015

Nova Série: Cidadania Italiana

Nova Série: Cidadania Italiana
Olá a todos os leitores....
Para dar continuidade às postagens do blog e as mudanças que aconteceram iniciaremos a abordagem de um outro assunto que está presente na vida de muitos que querem morar fora do país por mais tempo, a cidadania italiana.
Não pretendo ensinar a fazer a cidadania italiana, pois somos leigos no assunto e ao fazer isso estaríamos somente copiando os textos já publicados na internet. Queremos compartilhar com vocês a nossa experiência! Claro que colocaremos textos norteadores em relação ao processo, mas sem muitos aprofundamentos. Queremos mesmo falar da prática e não da teoria. Esperamos que nossos relatos ajudem quem está passando por esse processo incentivando a finalização do mesmo.
Então espero que vocês gostem das postagens da nova série: Cidadania Italiana.
Até a próxima.... A presto!

09 outubro 2015

Sobre o euro....

Você planejou todo o seu intercâmbio e com certeza deve saber que a moeda oficial da Irlanda é o Euro (EUR, €) bem como para outros 16 entre os 27 países da União Europeia (EU), que são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Finlândia, França, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Grécia, Itália, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal, além de seis países fora do bloco: Andorra, Mônaco, San Marino e Vaticano, além do Montenegro e do Kosovo.


Fonte: Exame
Portanto é legal conhecer algumas curiosidades sobre o nosso queridíssimo euro.
  • O euro nasceu junto com a União Europeia em 1992 e foi adotado a partir de 1999.
  • Possui 8 diferentes valores de moedas: €0,01; €0,02; €0,05; €0,10; €0,20; €0,50; €1,00; €2,00.
  • E 7 diferentes valores de cédulas: €5; €10; €20; €50; €100; €200; €500.
  • Para se ter uma ideia de quanto vale o euro, levamos em consideração a cotação está variando em torno R$4,66 (08/10/2015), então uma única nota de €500 vale o equivalente a R$2.330,00 (R$4,66 = €1,00).... isso dói no bolso quando trocamos nossos míseros reis... Acompanhe a cotação do euro pelo site Jooin.
  • O símbolo do euro foi inspirado na grega épsilon (€), numa referência ao berço da civilização europeia. Além disso, representa a letra E, de Europa, atravessada por duas linhas paralelas, para afirmar a estabilidade da moeda. 
  • Todas as moedas possuem um lado comum mostrando quanto a moeda vale, com um desenho do designer belga Luc Luycx, cujo projeto foi escolhido na reunião do Conselho Europeu de 13 de junho de 1997. Além de que, cada país pode o escolher o verso de suas moedas com a figura que melhor o represente. Sendo assim toda moeda de euro possui uma face comum e uma face nacional.
  • Na Irlanda as moedas compartilham a mesma imagem imaginada por Jarlath Hayes, a da harpa, um símbolo tradicional irlandês desde a Idade Média, baseado no símbolo da Harpa de Brian Boru, localizada na Trinity College de Dublin. A mesma harpa é usada como símbolo oficial do Estado irlandês, o Grande Selo da Irlanda. As moedas também apresentam as 12 estrelas da UE, o ano de cunhagem e a palavra "Éire" que significa Irlanda no alfabeto gaélico tradicional.
Acesse o link para conferir as faces das moedas dos outros países que utilizam o euro.
  • Já as cédulas são iguais em todos os países e foram inspiradas em estilos arquitetônicos que caracterizam a cultura do velho mundo. Na parte frontal das notas, há figuras de janelas e pórticos, que, segundo o Banco Central Europeu (BCE), simbolizam o espírito europeu de abertura e cooperação, além das 12 estrelas da UE, que representam o dinamismo e a harmonia do continente com outros países do mundo. Cada cédula possui um tamanho diferente para cada valor, sendo 120x62mm o tamanho da nota de €5 e aumenta até 160x82mm a nota de €500.
  • As notas do euro são extremamente seguras, pois, apresentam uma diversidade de elementos de segurança o que torna difícil sua imitação e quando essa é feita, mais fácil de ser detectada. os elementos de segurança são:



08 outubro 2015

Relato de um leitor: Raquel Neutzling



Hoje na série Relato de um leitor, temos a minha queridíssima conterrânea gaúcha Raquel Neutzling, de 23 anos, natural de Pelotas formada em arquitetura e urbanismo, que mora em Dublin há 8 meses.
 1. Porque você decidiu fazer intercâmbio? 
Comecei a pensar na ideia de fazer intercâmbio ano passado depois que apresentei meu trabalho final de graduação na faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Eu lembro que quando vi o meu nome entre as listas dos aprovados eu me "desesperei", olhei para minha mãe e falei: "E agora, eu faço o que da minha vida?", estava completamente ''perdida'', não tinha certeza se tinha escolhido a profissão certa e também sabia que se eu não me jogasse em uma experiência diferente naquela hora, depois de começar a trabalhar ia ser muito mais difícil largar tudo e partir para o ''desconhecido''. Então fiquei pensando ''o que faço?" e eis que me veio a ideia de fazer um intercâmbio. A princípio pensei: "Beleza, vou passar um ano fora, vou viajar, conhecer novas pessoas, pensar o que realmente quero para minha vida e volto", não imaginava o que viria...
2. Porque escolheu a Irlanda -  Dublin?

Então, procurei uma agencia de intercâmbio na minha cidade (Pelotas/RS) e fui estudar as possibilidades. A princípio era Austrália ou Dublin. Foi um tiro no escuro, como conhecia algumas pessoas que já tinham vindo para Dublin e gostaram, pensei ''Por que não?" e escolhi Dublin. Não teve nenhum motivo especial...

3. Quais eram seus objetivos com o intercâmbio? 

Como disse, meu objetivo inicial era tirar um ano pra pensar no que queria pra minha vida, na verdade hoje vejo que minha decisão foi uma válvula de escape mesmo, pois ficando na minha cidade, eu não iria parar de trabalhar (já trabalhava em escritório) para pensar no que fazer... E também sabia que iria contribuir muito para meu crescimento pessoal, visto que eu nunca tinha saído de casa, morava com minha mãe, tinha uma vidinha muito fácil, sem muitas responsabilidades... Estava afim de "ver o mundo real'' mesmo. Lembro até hoje do meu pai falando para mim "Eu só to te mandando pra Dublin pra tu virar mulher" kkkkkk (na época fiquei p*ta com ele, mas hoje reconheço que ele tem razão, aliás ele vai ler isso e ficar se achando... Tá, pai, tu tinha razão, viu?!) Ah... não posso me esquecer: Melhorar meu inglês... hahahaha

4. Em qual escola você estuda/estudou? Qual sua opinião sobre ela? 

Estudei na Malvern House. O ensino é bom, na verdade nunca procurei saber mesmo como é o ensino em outras escolas para comparar, então não posso dizer se é melhor ou pior que outras escolas. Porém, eu ouvia bastante reclamações de estudantes de outras escolas quanto ao atendimento ao aluno, a demora para tudo, muita burocracia para tudo... eu não tive este problema, sempre que precisei de algo da escola foi facilmente resolvido e logo eles me davam retorno.

5. Como foi sua adaptação? 

É interessante saber sobre a adaptação de cada um, porque é sempre muuuuito diferente. Tem gente que chega e se ''decepciona'', logo bate a depressão e depois fica bem... Gente que fica mal no final do intercambio quando a saudade ta apertando... E muitas pessoas como eu, que vivem numa montanha russa de altos e baixos kkkkkk Pois então, logo que cheguei, como foi bem de repente minha decisão, eu não esperava nada, então tudo que veio é lucro, estava curtindo bastante. Daí no terceiro mês pensei "Ok, vou fazer um currículo e arrumar emprego", como se fosse fácil assim... Estava acostumada a conseguir tudo muito fácil no Brasil, quando percebi que aqui seria diferente tive aquele ''choque de realidade'', do tipo ''Bem-vindo ao mundo real'' e foi aí que a deprê começou a bater... Sentia muita saudade de casa, tinha na cabeça de que ''nada dá certo para mim''... Lembro que em um mesmo dia cheguei a ligar 3x para minha mãe chorando, coitada... deixei ela louca! Foi quando eu senti a necessidade de me ''apegar'' a algo maior, e resolvi procurar um grupo Cristão que eu pudesse me juntar. Conheci o ''Selah'' aqui, uma igreja maravilhosa, composta em sua maioria por Brasileiros (apesar de o Pastor ser Irlandês hahaha), que me receberam muito bem e me ajudaram a restabelecer minha fé em mim mesma e principalmente em Deus! Parei de murmurar e passei a agradecer todos os dias pela oportunidade de estar aqui e foi aí que as coisas começaram a acontecer para mim...




St. Stephen's Green Park
6. Você trabalha/trabalhou? Como foi essa experiência? 

Hoje eu moro com uma família irlandesa e trabalho de AuPair, cuidando de três crianças MARAVILHOSAS! Quanto ao trabalho de AuPair aqui, eu já ouvi todo o tipo de experiência, das melhores as piores, mas eu posso tdizer que tive MUITA sorte pois minha família é simplesmente maravilhosa e minhas crianças são muito educadas, queridas, especiais, meus amores! Os pais são excelentes, me tratam como parte da família, são pais exemplares! Cuido de três crianças: Maeve (8 anos), Jane (6 anos) e Patrick (4 anos). Sou extremamente apegada a família e tenho certeza que dar tchau para eles em janeiro será tão difícil como foi dar tchau para minha família no Aeroporto de Porto Alegre.

7. Você atingiu seus objetivos? 

Eu acredito que sim! Minha ideia era pensar no que realmente queria para mim, posso dizer que pensei, decidi, e já estou correndo atrás dos meus objetivos mesmo estando aqui! Foi muito além do que eu esperava, eu cresci demais como pessoa... Para mim, foi o melhor autoconhecimento que já tive na vida, foi um ''intensivão" de vida em oito meses. Quando chegamos aqui não importa qual diploma que tu tem, quanto de dinheiro tu tem no Brasil, aqui tu é só ''mais um'', e isso é muito bom para o crescimento pessoal de cada um, pois te ensina a ser uma pessoa menos egoísta e mais humilde! Meu inglês também melhorou muito! Eu estudei há uns anos atrás no Brasil e sempre gostei da língua então já cheguei aqui em Dublin no nível Intermediário. Antes de ser Aupair e morar com a família, eu morava bem no centro de Dublin, com mais seis brasileiros, e estava estudando ainda... comecei no intermediário e terminei no avançado. É claro que as aulas ajudaram bastante, mas em casa eu falava português todo o tempo. Quando passei a morar com a família irlandesa foi aí que meu inglês fluiu de vez, pois falo a língua 24hrs por dia e os pais e as crianças me ajudam muito.

8. Há quanto tempo você está em Dublin? Pretende renovar o visto? 

Cheguei em Dublin no dia 23 de janeiro, há pouco mais de 8 meses, e retorno em janeiro. Não pretendo renovar pois acho que atingi meus objetivos aqui e como disse, já estou encaminhando minha vida no Brasil, por isso vou voltar!

9. Você faria tudo novamente? Se arrependeu de algo? Teria feito algo diferente? 

Faria... sem dúvidas! Cada choro, deprê, dia ruim... Tudo valeu a pena! Hoje estou super bem, com uma visão de vida muito diferente, uma visão de mim mesma muito diferente! Acho que não me arrependi de nada não, pois tudo que passei contribuiu para que eu estivesse aqui hoje! Se eu soubesse hoje, que tudo acabaria bem, talvez eu teria tido mais fé desde o começo e tivesse "murmurado'' menos, mas não é algo que eu me arrependa, afinal, foi por isso que eu conheci o Selah, onde eu conheci as pessoas mais maravilhosas, caridosas e especiais que eu poderia ter conhecido em Dublin! 

10. Um conselho para quem está planejando o intercâmbio. 

Primeiramente, se possível não criem muitas expectativas hahaha que assim a chance de ''quebrar a cara'' é menor! Venham com a cabeça muito aberta, preparados para todo o tipo de perrengue, mas sabendo que TUDO PASSA, e que tudo na vida tem um por que! É uma experiência ótima e libertadora, vocês conhecerão muita gente nova e legal, terão a oportunidade de viajar pela Europa (Ryanair é vida), conhecerão os famosos pubs da Irlanda, e acima de tudo conhecerão a si mesmos! E quando a deprê bater, sempre lembrem que NADA é por acaso, tenham fé SEMPRE e saibam enxergar os planos de Deus na vida de vocês... Ele sabe exatamente o que faz!




Phoenix Park


O blog Dublin: morando no exterior agradece a sua participação e deseja toda sorte do mundo para você. Obrigada Raquel!! 

As fotos foram disponibilizadas pela leitora.
Se você fez seu intercâmbio ou está fazendo e deseja compartilhar sua experiência conosco entre em contato através do nosso formulário. O blog Dublin: morando no exterior agradece!

07 outubro 2015

Amigo mochileiro (a), se inspire:

Mesmo depois de ter voltado da Irlanda, nunca perdi o costume de continuar lendo blogs e acompanhando as páginas e comunidades no facebook e então, um dia desses encontrei um texto que me deu um frio na barriga, que me fez relembrar dos meus medos e anseios antes de partir para essa aventura. Achei o texto muito legal e inspirador, então transcrevo-o abaixo para passar essa inspiração para quem ainda não foi, para aqueles que estão passando pelo intercâmbio e para aqueles que também são como eu, saudosistas....

Amigo mochileiro (a), se inspire: 

“Morar fora é se conhecer muito mais. É amadurecer e ver um mundo de possibilidades à sua frente. É perceber que é possível sim, fazer tudo aquilo que você sempre sonhou e que parecia tão surreal. É notar que o mundo está na sua cara e você pode conhecê-lo inteiro.
É ver seus objetivos mudarem. É mudar de ideia. É colocar em prática. É sentir sua mente se abrir muito mais, em todos os momentos. É se ver aberto para a vida. É não ter medo de arriscar. É aceitar desafios constantes.
É se sentir na Terra do Nunca e não querer voltar. É pensar em voltar e não conseguir se imaginar no mesmo lugar. Morar em outro país é se surpreender consigo mesmo. É se descobrir e notar que, na verdade, você não conhecia a fundo algo que sempre achou que conhecia muito bem: Você mesmo.”
(Autor desconhecido). 
Infelizmente na época não anotei em qual blog eu havia lido e já não me recordo mais, então se alguém souber a autoria ou blog que publicou ele por primeiro, deixe nos comentários!
Espero que vocês se inspirem....
Beijos a todos
Fran

04 outubro 2015

Mudanças no atendimento para obtenção do GNIB



Em decorrência do grande número de estudantes desembarcando na Irlanda nas últimas semanas na tentativa de conseguir obter o visto antes da implementação das novas regras o que vem causando atrasos no processo. Com isso a Garda National Immigration Bureau implementou algumas mudanças no atendimento ao público, mudanças estas que entraram em vigor desde 30 de setembro, na última quarta-feira.
Confira o que mudou:

Segundas e terças-feiras: o atendimento será para novos registros de GNIB. Então será feito atendimento somente para aqueles que estão se registrando pela primeira vez.

Quarta a sexta: está reservado para quem vai renovar o visto.

Houve também a ampliação do horário de atendimento além de funcionar também aos sábados, das 11 às 17h.

A Garda também prometeu disponibilizar um maior número de funcionários.

Para alunos de algumas universidades (dentre elas a Dublin City Univerty (DCU); Dublin Institute of Technology (DIT); Royal College of Surgeons of Ireland (RCSI); University College Dublin (UCD) e a Trinity College) não terão necessidade de se dirigir a imigração nesse período já que acordos separados serão postos em prática para registrar estes estudantes até o final de outono. 

Outra informação útil é que já é possível verificar quantas senhas estão disponíveis através do site da Garda. Os dados são atualizados às 09h30min, 12h30min e 16h30min.

Fonte: e-Dublin

03 outubro 2015

É anunciado adiamento nas mudanças previstas para a obtenção do visto

É anunciado adiamento nas mudanças previstas para a obtenção do visto
A corrida para a obtenção do visto por estudantes e trabalhadores não europeus está grande devido às mudanças previstas para a obtenção do visto no país. Mas um suspiro de alivio para os intercambistas apareceu com a decisão de adiamento das mudanças para a obtenção do visto.
A administração da equipe responsável pelo ILEP (Interim List of Eligible Programmes) enviou um comunicado recentemente às escolas candidatas informando que a divulgação do resultado final das avaliações precisou ser adiada. Este atraso se deu devido a algumas instituições estarem ainda passando pelo processo de avaliação.
Portanto até a lista que define as escolas de idioma aptas a receberem alunos estrangeiros na Irlanda (ILEP) ser divulgada a alteração no período de duração do visto (de 12 para 8 meses) e demais mudanças continuará sem aplicação.
O período de adiamento está com prazo indeterminado, os responsáveis pelo Marketing English in Ireland (MEI) acreditam em um prazo entre 2 e 3 semanas.

Leia mais sobre as novas regras em: Novas regras para obtenção do visto.