05 outubro 2012

Vale a pena ler: Fazendo as malas



Sair do País para estudar ou trabalhar pode não ser uma decisão fácil, mas reserva inúmeras histórias de sucesso de alguns daqueles que tentaram. São histórias como as contadas no livro Fazendo as Malas, lançado em agosto, na Saraiva Megastore do Shopping Ibirapuera. Organizado por Maurício Moura, economista e professor da George Washington University, e Sidney Nakahodo, engenheiro e especialista em economia e política internacional, o livro reúne 18 autores ao todo, entre eles o professor da Universidade Stanford Paulo Blikstein, contando suas experiências de vida no exterior. Segundo eles, a ideia de ir embora do Brasil foi um passo importante e que trouxe grandes oportunidades pessoais com o decorrer do tempo.
"Estudar e viver fora implica em uma série da sacrifícios, mas no longo prazo os benefícios superam qualquer dificuldade", diz Nakahodo. Para ele, quando nos distanciamos do País, temos a oportunidade de vê-lo com outros olhos, reconhecendo o lado bom e os desafios impostos. " Não conheço ninguém que se arrependeu de ter passado um tempo fora, mesmo que isso implique numa demora em entrar no mercado de trabalho ou que a pessoa encontre oportunidades muito tentadoras aqui."
As questões financeiras, segundo Nakahodo, não deveriam ser um empecilho para que se deixe de buscar oportunidades no exterior. No caso de Carla Ricchetti, uma das autoras do livro, a vontade de ir atrás dos sonhos foi essencial. Carla é advogada e mestre em Relações Internacionais pela Universidade de Columbia. Além dos Estados Unidos, ela já morou na Europa, Austrália e viajou por toda a Ásia e parte da África. A iniciativa de viajar o mundo, segundo ela, veio da vontade de trabalhar fora e poder comparar países, trazendo a experiência para usar no Brasil. "Hoje olhando para trás, eu lembro quantas batalhas e lutas eu tive que enfrentar. Nada é fácil. É preciso acreditar nos sonhos", diz.
Para Maurício Moura, a vontade era simplesmente de experimentar coisas novas e conhecer diferentes culturas. Para ele, a pessoa deve ir pelos motivos certos e, por isso, depende de um desejo pessoal. "Se sentir que é algo que se quer experimentar e se tiver a oportunidade, vale muito a pena ir."
Quando o assunto é jornalismo, o correspondente do Estado em Nova York, Gustavo Chacra, também autor do Fazendo as Malas, dá alguma dicas. De acordo com ele, o ideal seria a pessoa passar pelo menos um ano fora em algum lugar do mundo que goste, não necessariamente nos EUA ou na Europa . Uma boa opção seria Buenos Aires, onde ele também já foi correspondente, que tem um custo bastante inferior comparado ao países desenvolvidos e possibilita o aprendizado da língua espanhola. Outra opção seria o mundo árabe. "Eu acho que todo jovem que tiver condições deve morar fora, mesmo que não queira ser repórter internacional."
Por outro lado, a viagem para o exterior reserva algumas armadilhas e desafios quando a pessoa volta ao Brasil. O engenheiro Samuel Vissoto, especializado em mercados de produtos e serviços de alta tecnologia, alerta que não se deve retornar com postura arrogante. "Quando você volta do primeiro mundo, acha que sabe tudo e bate a cabeça, porque o Brasil tem falhas de estrutura e é necessário fazer adaptações. É preciso ser criativo."
Outros autores do livro são Marcos Ribeiro,  Carla Kamitsuji , Daniel Prevedello, Danyela Egorov, Grace Figueroa, Humberto Laudares, Julia Bacha e Katiushia Sales, Paulo da Silva, Renato Mazzola e Roselene Chaves.

Reportagem retirada do site estadão.com.br .

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