Em declaração
feita no ano de 2009, o Vaticano condenou o Halloween como uma festa perigosa
carregada por vários elementos anticristãos. No Brasil, algumas pessoas torcem
o nariz para a comemoração do evento por entendê-lo como uma manifestação
distante da nossa cultura. No processo de ocupação das terras europeias, os
povos pagãos trouxeram esta influencia cultural em pleno processo de
disseminação do cristianismo. Inicialmente, os cristãos celebravam a todos os
santos no mês de maio. Contudo, por volta do século IX, a Igreja promoveu uma
adaptação em que a festa sagrada fora deslocada para o 1° de novembro. Dessa
forma, os bárbaros convertidos se lembrariam da festa cristã que sucederia a
antiga e já costumeira celebração do Halloween.
Por ter essa
relação intrínseca ao mundo dos espíritos, o Halloween foi logo associado à
figura das bruxas e feiticeiras. Na Idade Média, elas se tornaram ainda mais
recorrentes na medida em que a Inquisição perseguiu e acusou várias pessoas de
exercerem a bruxaria. Da mesma forma, os mortos também se tornaram comuns nesta
celebração, por não mais pertencerem a essa mesma realidade etérea.
Ao chegarem à
América do Norte, os irlandeses trouxeram a festa do Halloween para as
Américas. Os disfarces e máscaras, tão usadas pelos participantes da festa,
seriam uma forma de evitar que fossem reconhecidos pelos espíritos que vagam
neste dia. Atualmente, as fantasias são utilizadas por crianças que batem às
portas exigindo guloseimas no lugar de alguma travessura contra o proprietário
da casa.
Se
analisarmos o modo como o Halloween é celebrado hoje, veremos que pouco tem a
ver com as suas origens: só restou uma alusão aos mortos, mas com um carácter
completamente distinto do que tinha ao princípio. Além disso foi sendo pouco a
pouco incorporada toda uma série de elementos estranhos à festa.
Entre
os elementos acrescidos, temos por exemplo o costume dos "disfarces",
muito possivelmente nascido na França entre os séculos XIV e XV. Nessa época a
Europa foi flagelada pela Peste Negra e a peste bubônica dizimou perto da
metade da população do Continente, criando entre os católicos um grande temor e
preocupação com a morte.
A
atual festa do Halloween é produto da mescla de muitas tradições, trazidas
pelos colonos no século XVIII para os Estados Unidos e ali integradas de modo
peculiar na sua cultura. Muitas delas já foram esquecidas na Europa, onde hoje,
por colonização cultural dos Estados Unidos, aparece o Halloween enquanto
desaparecem as tradições locais.
Novos
elementos do Halloween
A celebração
do 31 de Outubro, muito possivelmente em virtude da sua origem como festa dos
druidas, vem sendo ultimamente promovida por diversos grupos neo-pagãos, e em
alguns casos assume o caráter de celebração ocultista. Hollywood fornece vários
filmes, entre os quais se destaca a série Halloween, na qual a violência
plástica e os assassinatos acabam por criar no espectador um estado de angústia
e ansiedade. Muitos desses filmes, apesar das restrições de exibição, acabam
sendo vistos por crianças, gerando nelas o medo e uma ideia errônea da realidade.
Porém, não existe ligação dessa festa com o mal. Na celebração atual do
Halloween, podemos notar a presença de muitos elementos ligados ao folclore em
torno da bruxaria. As fantasias, enfeites e outros itens comercializados por
ocasião dessa festa estão repletos de bruxas, gatos pretos, vampiros, fantasmas
e monstros, no entanto isso não reflete a realidade pagã.
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